Normalmente aliadas a filmes de terror e cenários hostis, as plantas carnívoras não possuem uma reputação muito boa com a sociedade. Mas você sabia que elas são bem menores do que as que aparecerem no cinema e não conseguem engolir um humano? Essas e outras curiosidades sobre as espécies que entram nessa família vão ser tratadas nesse post. Confira!
Elas ganharam esse nome por precisarem de uma fonte diferente de nutrientes, pois, normalmente, o solo onde vivem não provém toda a necessidade de matéria orgânica, completamente o oposto do resto das plantas. Elas podem ser encontradas em brejos e locais que não possuam uma taxa alta de nitrato no solo, impedindo a sintetização da clorofila. A maioria delas captura insetos, mas as maiores têm como presas até mesmo moluscos, lesmas e pequenos sapos.
Uma das características bem marcantes desse tipo de planta é que elas possuem cores fortes, usadas como isca para chamar a atenção dos animais. O tipo de armadilhas que essas espécies usam também varia muito. As plantas carnívoras do gênero Nepenthes, por exemplo, conseguem armazenar até 5 litros de água e conseguem os maiores tipos de presas, normalmente atraídas pela possibilidade de encontrarem insetos menores ali. É um caso clássico de mudança entre “predador” e “presa”.
Para serem consideradas plantas carnívoras, um detalhe muito importante deve ser notado: se a planta em questão produz enzimas para a digestão de sua presa ou não. Caso ela não produza e dependa de bactérias para fazer esse processo, ela não é considerada uma planta carnívora.
Há, aproximadamente, 80 espécies cadastradas no Brasil e cerca de 600 outras espalhadas pelo mundo. Elas também são muito comuns no sudeste asiático e na Austrália. As quatro famílias principais são: Nepenthaceae (que têm forma de jarro ou ânfora), Sarraceniaceae (mais longas e finas que as Nepenthaceae, porém também em forma de jarro), Droseraceae (possuem ramos parecidos com tentáculos) e as Lentibulariaceae (gênero basicamente aquático).